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belitabotelho

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24
Abr13

"LÁPIS AZUL"

Isabel Botelho


O "lápis azul" foi o símbolo da censura e da época da ditadura portuguesa do século XX.


Os censores do Estado Novo usavam um lápis de cor azul nos cortes de qualquer texto, imagem ou desenho a publicar na imprensa. 
Para proteger a ditadura, os cortes eram justificados como meio de impedir e limitar as tentativas de subversão e difamação.



Desde o Golpe Militar de 28 de maio de 1926, aos regimes de Oliveira Salazar e Marcelo Caetano, o "lápis azul" servia para os censores decidirem o que devia ser noticiado ou divulgado.

A 22 de junho de 1926 é instituída a Comissão da Censura, passando os jornais a serem obrigados a enviar a esta comissão quatro provas de página e a não deixarem em branco o espaço das notícias censuradas. 


Em 1933, a Constituição Portuguesa institui legalmente a Censura, que permanece até à Revolução dos Cravos, a 25 de abril de 1974.




Até setembro de 1968, no governo de António de Oliveira Salazar, é a designada Comissão da Censura a responsável pelo "lápis azul".



Fonte: Texto adaptado de Infopédia
24
Abr13

HISTÓRIA DO LIVRO

Isabel Botelho


A história do livro é uma história de inovações técnicas que permitiram a melhoria da conservação dos livros e do acesso à informação, da facilidade em manuseá-lo e produzi-lo. Esta história está intimamente ligada às contingências políticas e económicas e à história de ideias e religiões.



Antiguidade 

Papiro egípcio 
Na Antiguidade surge a escrita, posteriormente ao texto e ao livro. A escrita consiste de código capaz de transmitir e conservar noções abstractas ou valores concretos, em resumo: palavras. É importante destacar aqui que o meio condiciona o signo, ou seja, a escrita foi em certo sentido orientada por esse tipo de suporte; não se esculpe em papel ou se escreve no mármore. 



Os primeiros suportes utilizados para a escrita foram tabuletas de argila ou de pedra. A seguir veio o khartés (volumen para os romanos, forma pela qual ficou mais conhecido), que consistia em um cilindro de papiro, facilmente transportado. O "volumen" era desenrolado conforme ia sendo lido, e o texto era escrito em colunas na maioria das vezes (e não no sentido do eixo cilíndrico, como se acredita). Algumas vezes um mesmo cilindro continha várias obras, sendo chamado então de tomo. O comprimento total de um "volumen" era de c. 6 ou 7 metros, e quando enrolado seu diâmetro chegava a 6 centímetros.



Pergaminho do Códice de Leningrado

O papiro consiste em uma parte da planta, que era liberada, livrada (latim libere, livre) do restante da planta - daí surge a palavra liber libri, em latim, e posteriormente livro em português. Os fragmentos de papiros mais "recentes" são datados do século II a.C.. 

Aos poucos o papiro é substituído pelo pergaminho, excerto de couro bovino ou de outros animais. A vantagem do pergaminho é que ele se conserva mais ao longo do tempo. O nome pergaminho deriva de Pérgamo, cidade da Ásia menor onde teria sido inventado e onde era muito usado.



O "volumen" também foi substituído pelo códex, que era uma compilação de páginas, não mais um rolo. O códex surgiu entre os gregos como forma de codificar as leis, mas foi aperfeiçoado pelos romanos nos primeiros anos da Era Cristã. O uso do formato códex (ou códice) e do pergaminho era complementar, pois era muito mais fácil costurar códices de pergaminho do que de papiro.



Uma consequência fundamental do códice é que ele faz com que se comece a pensar no livro como objeto, identificando definitivamente a obra com o livro. 

A consolidação do códex acontece em Roma, como já citado. Em Roma a leitura acontecia, tanto em público (para a plebe), evento chamadorecitatio, como em particular, para os ricos. Além disso, é muito provável que em Roma tenha surgido pela primeira vez a leitura por lazer (voluptas), desvinculada do senso prático que a caracterizara até então.



Os livros eram adquiridos em livrarias. Assim aparece também a figura do editor, com Atticus, homem de grande senso mercantil. Algumas obras eram encomendadas pelos governantes, como a Eneida, encomendada a Virgílio por Augusto.



Acredita-se que o sucesso da religião cristã se deve, em grande parte, ao surgimento do códice, pois a partir de então tornou-se mais fácil distribuir informações em forma escrita. 



Fonte: Wikipédia

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